Mediunidade não é criação do
Espiritismo, segundo estudiosos da doutrina dos espíritos, ela sempre existiu,
passando por diversas fases. No oriente antigo: Egito, Pérsia, Babilônia, na
Síria, mais tarde no Ocidente, Grécia e Roma, a presença de magos, Pítons,
Pitonisas, se transformaram em profetas, ou seja, aquele que conhece o futuro
por intermédio de meios paranormais. No Egito a mediunidade num caráter mais
amplo, a comunicação com as almas dos antepassados e na Grécia, conselheiros
dos reis.
Segundo Antonio Carlos
Laferreira, médium, na idade média, o conceito sobre mediunidade foi
caracterizado como intervenção demoníaca e, a partir do século VI, os médiuns
denominados: feiticeiros, passaram a ser perseguidos, mas mantiveram a voz e
passaram a gritar sobre os abusos da religião, a intolerância sacerdotal e
adulteração do pensamento de Cristo.
Ressalta o médium que foi
nesse momento que apareceram vozes credenciadas na mediunidade gloriosa como:
Francisco de Assis, Joana D’Arc, Tereza D´Avila e muitos outros, oferecendo a
confirmação que o Homem não é apenas um punhado de carne e ossos, mas é ser
imortal, que segue na direção de ampliar sua própria consciência.
Antonio Carlos esclarece que
foi Allan Kardec, o codificador da Doutrina Espírita, que melhor penetrou na
profundidade do fenômeno mediúnico, no tratado que se chama O Livro dos
Médiuns, onde afirmou que “toda pessoa que sente a influência dos Espíritos, em
qualquer grau de intensidade, é médium. Essa faculdade é inerente ao Homem. Por
isso mesmo, não constitui privilégio e são raras as pessoas que não há possuem
pelo menos em estado rudimentar. Pode-se dizer, pois, que todos são mais ou
menos médiuns. Usualmente, porém, essa qualificação se aplica somente aos que
possuem uma faculdade mediúnica bem caracterizada, que se traduz por efeitos
patentes de certa intensidade, o que depende de uma organização mais ou menos
sensitiva”.
O médium afirma que é
importante diante de sensações, buscarmos o discernimento na avaliação, com o
bom senso que nos ensina Kardec, que o processo de ligação mediúnica se
estabelece pela vibração, onde um emite, outro recebe, como exemplo: nossos
meios de rádio e TVs, uma estação emissora de raios (ondas) necessitando de uma
antena receptora.
Algumas
definições:
Médium – quer dizer
medianeiro, intermediário, ponte entre os dois lados da vida.
Mediunidade – é a faculdade
pela qual se estabelecem as relações entre o Homem e Espíritos.
Desenvolvimento – não é um
poder oculto que se possa desenvolver através de práticas ritualísticas.
Desenvolve - se naturalmente nas pessoas de maior sensibilidade para a captação
mental e sensorial de coisas e fatos do mundo espiritual. Quando se manifesta
na área intelectual pode apresentar na criatura, estados de aparente
alucinação: auditiva, visual, medos, ansiedades, fenômenos claustrofóbicos,
medos injustificados como da morte, do relacionamento com pessoas, do banho,
como extrapola o fenômeno das sensações normais, é natural que causa certas manifestações
e sensações de mal estar. Na área física, ruídos ininteligíveis, pancadas
inesperadas, sensação de presença agradável ou não.
Quando no sono, as
sensações dos voos, dos pesadelos.
Necessidades:
- · Estudo (Não esquecer as obras básicas);
- · O exercício do bem;
- · Reformulação Íntima;
- · Requisitos para segurança mediúnica:
- · Equilíbrios – conflitos dificultam percepção
- · Conduta – austeridade moral
- · Concentração – meditar é o caminho
- · Oração – Traz serenidade
- · Humildade
- · Amor
Antonio Carlos
Laferreira - Nefrologista, escritor, autor do livro "Só o amor
pode nos transformar", Dirigente da Fraternidade Cristo Redentor em
Itaquera – São Paulo e apresentador do programa Fraternidade pela Rede Boa Nova
de Rádio.
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